Vem do azul, limiar desse dia, vem o amarelo dependurado nessas arestas. Relampeio de gente, transeuntes de concreto espremidos em suas mais belas caixas a motor. E descobri enfim, os que buscam respostas ainda são os mesmos que não fazem perguntas. E para onde iriam tantas indagações se a elas houvesse um destinatário? E os que transmutam cores no branco e preto, seriam cães correndo em círculos, perseguindo o próprio rabo como quem busca no ontem um caminho ao agora?
Vermelho, crepúsculo de vida, suor escorrendo, a face encolhida, é tempo de recolhimento. Sabor de silêncio na rua à espera da melhor oferta ao caminho de casa. Dorme a noite, serpenteio de estrelas e emissores de radiação, é cômoda a vida no novo mundo. Amanhã é anil e depois de amanhã outro anil, tempos de anil.
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